Hoje comemora-se a Festa das mães aqui na França. Último domingo de maio, se não cair no pentecostes, o q transfere a data pro primeiro domingo de junho.
Aqui em casa comemoramos as datas do Brasil, mas como lembrei desses versos q meu pai escreveu pra minha mãe em 1962, não pude deixar mais essa data passar sem registro.Naquele tempo ele escrevia bastante, num papelzinho, em qualquer lugar. Com muito romance e com todas as dificuldades de criar uma família naqueles tempos e com seis guris.Agora suas trovas estão sendo lembradas pela família. São bonitas, mas agora são mais significativas, é a saudade também, deve ser. Não sei o que acontece com a gente, se é uma espécie de saudades, de falta, de tristeza, de orgulho, ou uma mistura de tudo que faz lembrar muito de quem já não está mais perto. Pra mim que estou longe de toda minha familia (mãe, pai, irmãos) há um tempo, parece um pouco menos...e tem dias que passo me lembrando e perguntando aonde eu estava que não estava mais lá e continuo.Fico pensando como é pra quem está todos os dias percebendo a ausência nas coisas mais cotidianas, talvez seja aí que apareça a tal da força pra seguir adiante (e bem) que algumas pessoas tem dentro de si. Com muita admiração, conheço algumas delas...mães.
Dia das mães
Pudesse eu compensar toda a valia
dedicação, bondade, todo o amor!
o sacrifício teu, de cada dia
Curar tuas feridas, tua dor.
Pudesse renovar sempre a alegria
No brilho dos teus olhos ver fulgor
Em teu espírito a paz, a harmonia
Reviver em teus lábios o dulçor.
Pudesse muito mais...minha querida
esposa amada, mãe eternecida!
Flor extremada deste lar em flor!
E tudo o q eu fizer, por pequenino
Há de ser pela mãe, pelos meninos,
por nosso lar, enfim, por nosso amor.